Ecos da Infância - uma releitura de Vick Muniz
Ecos da Infância: o tema foi escolhido porque as esculturas e pinturas remetem à infância. Podem ser vistos personagens que povoam a mente infantil, como: seres mitológicos, imagens preferidas das crianças (como os dinossauros), brinquedos e brincadeiras, etc., tudo isso, enfeitado com brinquedos velhos, doados pelos alunos.
Ao verem as imagens e os brinquedos, não tem quem não se lembre de alguma coisa da própria infância: a criança que tem um brinquedo igual ao que está exposto, o adulto que comprou aquele objeto para algum sobrinho ou filho, alguém que já brincou com uma boneca ou carrinho, do mesmo que está presente... Ou mesmo não tem quem não se identifique com algum personagem ou que se recorde dos medos que tinha em sua infância.
As esculturas foram feitas com jornal e brinquedos velhos como decoração.
Pinturas com tinta guache e desenhos com lápis de cor.
Esculturas de jornal, cola e tinta, enfeitadas com brinquedos velhos.
Vicente José de Oliveira Muniz (São Paulo, 20 de dezembro de 1961) mais conhecido como Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro radicado em Nova York, que faz experimentos com novas mídias e materiais.
Faz uso de técnicas diversas e emprega nas obras, com freqüência, materiais inusitados como açúcar, chocolate líquido, doce de leite, catchup, gel para cabelo, lixo e poeira.
Em 1988, realiza a série de desenhos The Best of Life, na qual reproduz, de memória, uma parte das famosas fotografias veiculadas pela revista americana Life. Convidado a expor os desenhos, o artista fotografa-os e dá às fotografias um tratamento de impressão em periódico, simulando um caráter de realidade às imagens originárias de sua memória. Com essa operação inaugura sua abordagem das questões envolvidas na circulação e retenção de imagens. Nas séries seguintes, que recebem, em geral, o nome do material utilizado - Imagens de Arame, Imagens de Terra, Imagens de Chocolate, Crianças de Açúcar etc. -, passa a empregar os elementos para recriar figuras referentes tanto ao universo da história da arte como do cotidiano.
Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais, normalmente instáveis e perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las. Nessas séries, as fotografias, em edições limitadas, são o produto final do trabalho. Sua obra também se estende para outras experiências artísticas como a earthwork e as questões envolvidas no registro dessas criações.
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